quarta-feira, 23 de setembro de 2020

1978: GUARANI É CAMPEÃO COM SHOW DE CARECA

 


Site: imortaisdofutebol.com



Brasileiro de 1978: pela primeira vez uma final não será disputada em um grande centro. Pela primeira vez, um clube do interior é o campeão: Guarani de Campinas. O bugre campineiro fez bonito, desbancou o Vasco por 2 a 1 na semifinal, no Maracanã, e derrotou o Palmeiras duas vezes por 1 a 0, no Morumbi e no Brinco de Ouro, para chegar ao merecido título.

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Dos veteranos Neneca e Zé Carlos ao quinteto Zenon, Renato, Capitão, Careca e Bozó, o Guarani brilhou, com 21 vitórias em 32 jogos, 7 empates e 4 derrotas, 57 gols a favor e 22 contra. Um baita campeão.

Sempre impondo seu estilo ofensivo, de toques e penetrações, o Guarani esqueceu a vantagem do empate de um gol na frente e atacou o Palmeiras criando três ou mais lances perigosos. Aos 36 minutos, após uma boa trama no ataque, o ponta Bozó dá um chute forte, Gilmar não segura a bola e Careca (foto), craque revelação de 17 anos, aproveita o rebote e faz o gol que seria o do título.

Com Édson e Gomes vigiando Escurinho, adversário mais perigoso; com Zé Carlos ganhando todas no meio e Renato distribuindo o jogo para o ataque, o Bugre dominou o Palmeiras e o 1 a 0 foi suficiente para explodir a festa em Campinas.

Em 78, o número de clubes subiu para 74, com 792 jogos, média baixa de 10.539 pagantes por partida, mas recorde de 1.771 gols, média de 2,3. Paulinho, do Vasco, foi o artilheiro com 19 gols e Falcão apontado como o melhor jogador. Na seleção do campeonato, destaque para o veterano goleiro Manga (Operário-MS), Rosemiro (Palmeiras), Rondinelli (Flamengo), Caçapava e Falcão (Internacional), Adílio (Flamengo), Tarciso (Grêmio) e Paulinho (Vasco).



FONTE: Folha do Esporte, 09/02/1992

GUARANI 1X0 PALMEIRAS, 13/08/1978, Brinco de Ouro da Princesa, Campinas.

Renda – Cr$ 1.706.280,00; Público – 27.086 pagantes.

Árbitro – José Roberto Wright (RJ).

Gol – Careca 36’ do 1º tempo.

Guarani – Neneca; Mauro, Gomes, Édson e Miranda; Zé Carlos, Manguinha e Renato; Capitão, Careca e Bozó (Adriano). Técnico – Carlos Alberto Silva.

Palmeiras – Gilmar; Rosemiro, Beto Fuscão (Jair Gonçalves), Alfredo e Pedrinho; Ivo, Toninho Vanusa e Jorge Mendonça; Sílvio, Escurinho e Nei. Técnico – Jorge Vieira.

 


sexta-feira, 4 de setembro de 2020

EM 1977 DEU SÃO PAULO EM CIMA DO INVICTO GALO

 

                                                          (Foto: Rodolfo Machado)


Os torcedores do Atlético Mineiro e do São Paulo jamais esquecerão aquele domingo, 5 de março de 1978, decisão do campeonato Brasileiro de 1977. O zagueiro Márcio, do Atlético, acaba de chutar o último pênalti para fora. Depois de duas tentativas frustradas, em 71 e 73, o São Paulo, enfim, ganhava seu primeiro título. Os 100 mil torcedores do Galo não acreditavam no que acontecera: o Atlético, considerado o melhor time da competição, era apenas o vice-campeão, invicto.

Imagem: arquivo UAI/EM

Mais do que a festa dos cerca de 3 mil são-paulinos e a comemoração dos jogadores em campo, carregando o técnico tricampeão, Rubens Minelli, em triunfo, a cena mais marcante da final, publicada em quase todos os jornais do país, coube aos atleticanos. Abraçados, os jogadores deixavam o campo do Mineirão derrotados, arrasados, mas certos de que fizeram o melhor ao longo da disputa. O artilheiro e craque Reinaldo, suspenso, fez muita falta na final.


Sem o craque Pedro Rocha durante a campanha e com Serginho fora de final por ter sido suspenso 14 meses após agredir um bandeirinha na derrota de 1 a 0 para o Botafogo, em Ribeirão Preto, o São Paulo se impôs em terreiro alheio. Com um time compacto e operário, o São Paulo deu um nó no Galo e levou a partida como quis. Tanto assim que João Leite salvou vários gols e ainda teve uma bola na trave.

                              

        

Foto: Blog São Paulo

Nos pênaltis, valeu a experiência e a catimba de Waldir Peres contra o nervosismo e a falta de confiança de Cerezo, Joãozinho Paulista e Márcio, que desperdiçaram suas cobranças.

Com recorde de 62 clubes, o Brasileiro-77 teve 483 jogos, média de público de 16.472 pessoas por jogo, 1.194 gols (segunda melhor marca) e a maior média até então de gols por partida, 2,47. Reinaldo, do Atlético, o artilheiro, com 28 gols. Em 21 jogos, o São Paulo venceu 14 (entre eles, uma goleada de 4 a 1 no Inter bicampeão, em pleno Beira-Rio), empatou 4 e perdeu 4, marcou 42 gols e sofreu 15.

FONTE: Folha do Esporte, 09/02/1992


ATLÉTICO (MG) 0X0 SÃO PAULO, 5/03/1978, Mineirão.

Árbitro – Arnaldo César Coelho (RJ).

Renda – Cr$ 6.857.080,00; Público – 102.974 pagantes.

Obs – 0 a 0 na prorrogação; São Paulo 3 a 2 nos pênaltis, gols de Antenor, Peres, Bezerra (SP) e Ziza e Alves (AM). Não coverteram: Chicão (SP), Cerezo, Joãozinho e Márcio (AM).

Atlético (MG) – João Leite; Alves, Márcio, Vantuir e Valdemir; Cerezo, Ângelo e Marcelo (Paulo Isidoro); Serginho, Caio Cambalhota (Joãozinho Paulista) e Ziza. Técnico – Barbatana.

São Paulo – Waldir Peres; Getúlio, Tecão, Bezerra e Antenor; Chicão, Teodoro (Peres) e Dario Pereyra; Zé Sérgio, Mirandinha e Viana (Neca). Técnico – Rubens Minelli.


sábado, 22 de agosto de 2020

ESQUADRÃO DO INTER É BICAMPEÃO EM 1976

 

Foto: Blog 1909


A Fiel acreditava no título. Afinal, o Timão eliminara a Máquina do Fluminense, nos pênaltis, em pleno Maracanã, que recebeu a maior torcida de outro Estado em toda a sua história, na famosa “invasão corintiana”. Mas seu adversário na decisão da II Copa Brasil, dia 12 de dezembro de 1976, era o campeão Internacional, que jogaria no Beira-Rio, com apoio da torcida colorada, tão fanática quanto a Fiel.

Deu Inter outra vez – 2 a 0, com os dois gols surgidos em cobranças de falta. O Corínthians e a Fiel voltaram para São Paulo de mãos abanando e reclamando da arbitragem de José Roberto Wright.

Foi uma vitória justa porque enquanto o Inter atacava, buscava o gol desde a saída da bola, o Corínthians recuava, mostrava o antijogo e fazia cera. O esforço colorado foi recompensado aos 29 minutos: falta de Zé Maria em Falcão, esquerda do ataque, Lula chuta forte, a bola bate na barreira e descai na pequena área. Tobias não sai do gol, Dario ganha de Moisés na cabeça e manda a bola à direita do goleiro, que pula atrasado: 1 a 0.

Gol de Valdomiro. Foto: Getty Images

O Timão voltou para o segundo tempo disposto a tudo para empatar e quase o consegue logo aos 7 minutos, quando Romeu cobra uma falta, de efeito, e a bola toca no travessão e, na volta, é rebatida pela defesa. Aos 12, fim do sonho paulista e explosão gaúcha: falta contra o Corínthians, esquerda do ataque do Inter, Valdomiro chuta com efeito à direita de Tobias, que não se mexeu; a bola bate no travessão, no chão, já dentro do gol, e volta para a pequena área, onde Tobias agarrou-a. O gol é confirmado e, revoltada, a Fiel atira garrafas e fogos em direção ao bandeirinha Luiz Carlos Félix, interrompendo o jogo por cerca de 20 minutos. Cadeiras também foram queimadas e Félix teve de trocar de lado. O jogo recomeçou com o Corínthians atacando desordenadamente e o Colorado esperando o tempo passar. O bicampeonato estava garantido.

54 clubes participaram da II Copa Brasil, que teve 411 jogos, média de público de 17.010 pagantes por jogo (subindo), 915 gols marcados, média de 2,22 por jogo (a segunda melhor) e Dario como artilheiro, com 16 gols.

FONTE: Folha do Esporte, 09/02/1992

INTERNACIONAL 2X0 CORÍNTHIANS, 12/12/1976, Biera-Rio.

Árbitro – José Roberto Wright (RJ).

Renda – Cr$ 3.200.795,00; Público – 84.000 pagantes.

Gols – Dario 29 do 1º tempo e Valdomiro 12 do 2º tempo.

Internacional – Manga; Cláudio, Figueroa, Marinho Peres e Vacaria; Batista, Falcão e Caçapava; Valdomiro, Dario e Lula. Técnico – Rubens Minelli.

Corínthians – Tobias; Zé Maria, Moisés, Zé eduardo e Wladimir; Givanildo, Russo e Neca; Vaguinho, Geraldão e Romeu. Técnico – Duque.

 


segunda-feira, 17 de agosto de 2020

INTERNACIONAL CAMPEÃO DO BRASIL DE 1975

 

Foto: Blog 1909


Em 1975, o Campeonato Nacional de Clubes passou a se chamar Copa Brasil, com 42 clubes, 430 partidas, média de público de 15.984 (voltou a subir) por jogo, 972 gols marcados e a melhor média de gols por partida com 2,26. Na decisão, dia 14 de dezembro, no Beira-Rio, de novo o Cruzeiro e o Internacional, este pela primeira vez, após ficar em 5º, em 71, 3º em 72 e 4º em 73 e 74. E deu Inter de Manga e Falcão, de Flávio e Lula, de Marinho Peres e Figueroa, este o herói ao marcar o gol do título (1 a 0).

Como sempre, muito nervosismo no início, com inúmeros passes errados e com os jogadores caindo constantemente. Mesmo com a torcida contra, o Cruzeiro se impôs em campo, mas só ia bem até a intermediária, onde era parado pela defesa gaúcha. A melhor jogada do 1º tempo foi do Cruzeiro, aos 26 minutos.  Eduardo lançou e Palhinha chutou forte para uma defesa difícil de Manga. Pelo Inter, a destacar apenas um chute de Caçapava, aos 35, que assustou Raul.

No segundo tempo, o Cruzeiro quase marcou aos 20 segundos, com Palhinha. Aos 11, Valdomiro força passagem sobre Piazza e o juiz erra ao marcar falta, entre a área e a lateral, pela direita. Valdomiro cobra para a área, frente do gol, o uruguaio Figueroa dá uma forte cabeçada e coloca a bola à direita de Raul, sem defesa. No desespero, o Cruzeiro lançou-se todo ao ataque, mas quando conseguia furar a defesa inimiga esbarrava em Manga, que garantiu a vitória e o título, o primeiro para os gaúchos.

O Internacional jogou 30 vezes, com 19 vitórias, 8 empates e 3 derrotas, 51 gols a favor e 12 contra. Seu centroavante, Flávio, foi o artilheiro, com 16 gols.

                             O GOL DE FIGUEROA - Foto: Juan Carlos Gomes / Agencia RBS

INTERNACIONAL 1X0 CRUZEIRO, 14/12/1975, Beira-Rio.

Árbitro – Dulcídio Wanderley Boschillia (SP).

Renda – Cr$ 1.743.805,00; Público – 82.568 pagantes.

Gol – Figueroa 11 do 2º tempo.

Internacional – Manga; Valdir, Figueroa, Hermínio e Chico Fraga; Paulo César Carpegiani, Falcão e Caçapava; Valdomiro (Jair), Flávio e Lula. Técnico – Rubens Minelli.

Cruzeiro – Raul; Nelinho, Darci Menezes, Morias e Isidoro; Wilson Piazza, Zé Carlos e Eduardo; Roberto Batata (Eli Mendes), Palhinha e Joãozinho. Técnico – Zezé Moreira.


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

VASCÃO É CAMPEÃO DO BRASIL EM 1974

 


Foto: Acervo O Lance


Antes que a forte e raçuda equipe do Vasco se defrontasse na final contra o leve e técnico Cruzeiro, a batalha já acontecia nos bastidores. O regulamento favorecia o time de melhor campanha, que era o Cruzeiro, e a partida deveria ser disputada no Mineirão. Hábeis, os dirigentes vascaínos pediram a interdição do Mineirão, baseados em uma determinação da CBD, que punia com rigor as invasões de campo, fato que aconteceu quando Cruzeiro e Vasco se enfrentaram pela fase final.

Membros da comissão técnica e dirigentes do Cruzeiro tentaram agredir o bandeirinha e o juiz daquele jogo. Diante disso, a CBD determinou a inversão do mando de campo. O Cruzeiro entrou com recursos, mas a primeira vitória do Vasco na grande decisão já estava garantida. 115 mil torcedores compareceram ao Maracanã naquela quinta-feira chuvosa.

O Vasco começou cauteloso, com Roberto enfiado na frente e forte marcação. Aos 14 minutos, Jorginho Carvoeiro arranca pela ponta e é contido com uma falta. Ele mesmo bate, tocando curto para Fidélis fazer o cruzamento. A bola bate no peito de Darci Menezes e sobra para o chute rasteiro e mortal de Ademir. O Maracanã estremece com o primeiro gol do Vasco. 

Foto: Reprodução

No segundo tempo, o Cruzeiro apresenta algumas mudanças, e em dez minutos perde duas boas chances de empatar. O Vasco parecia nervoso. Uma bola mal rebatida por Alcir acaba sobrando para Perfumo, que toca para Nelinho mandar uma bomba e empatar. A torcida não desanima. Canta e solta o seu grito de guerra. Moisés comanda o time, sem antes distribuir meia dúzia de pontapés, Zanata avança, ajudando Luís Carlos. Os jogadores do Vasco marcavam em cima e buscavam o gol. Quando faltavam doze minutos para o término da partida, a bola é esticada ao incansável Jorginho. Vítor sai no desespero e choca-se com o ponta. A bola corre para o lado certo e Carvoeiro manda para o gol vazio. O Maracanã estremece novamente, e a torcida abre as faixas: “Vasco Campeão Brasileiro”.                                                                                 (Fonte: Folha do Esporte, de 07/02/1992)

Vasco 2x1 Cruzeiro

Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho, Roberto e Luís Carlos.

Vitor; Nelinho, Perfumo, Darci Meneses e Vanderlei; Piazza, Zé Carlos e Dirceu Lopes; Roberto Batata, Palhinha (Joãozinho) e Eduardo (Baiano).

Técnico: Mário Travaglini

Técnico: Hílton Chaves

Local: Estádio Mário Filho (Maracanã), 1º de agosto de 1974. 

Árbitro: Armando Marques, auxiliado por Oscar Scolfaro e José Favile Neto.

GolsAdemir 14’ do 1º tempo; Nelinho 19’ e Jorginho Carvoeiro 33’ do 2º tempo.

 Renda: Cr$ 1.413.281,50, com 112.933 pagantes






domingo, 9 de agosto de 2020

VERDÃO CONQUISTA O BICAMPEONATO EM 1973

 

Foto: Blog Mauro Beting


Depois de vencer o Cruzeiro por 1 a 0, no Mineirão, e o Internacional por 2 a 1, de virada, em São Paulo, no quadrangular decisivo do 3º Campeonato Nacional de Clubes, o Palmeiras, de novo com sua Academia, jogava pelo empate contra o São Paulo para conquistar o bicampeonato brasileiro. O título de 1973 só foi decidido dia 20 de fevereiro de 1974 – a bagunça imperava naquela época – e outro 0 a 0 fez a torcida do Verdão explodir de alegria no Morumbi.

Osvaldo Brandão, ainda técnico do Palmeiras, deixou o cigarro de lado por alguns minutos para mostrar o caminho da vitória aos seus jogadores: anular o hábil meia uruguaio Pedro Rocha e não deixar o esperto e oportunista centroavante Mirandinha pegar na bola. A defesa do Verdão deu conta do recado, o meio-campo desarmava o adversário e alimentava o ataque com eficiência e, na frente, Leivinha, César e Nei deixavam os tricolores em pânico quando partiam em direção ao gol.

E a torcida palmeirense, maioria absoluta no estádio, com cerca de 80% do público, viu o goleiro são-paulino Waldir Perez praticar defesas milagrosas (foi eleito o melhor em campo) e salvar seu time da derrota. Mas o 0 a 0 servia e o Palmeiras levou mais uma taça para o Parque Antártica.

Foto: Blog Mauro Beting

O campeonato de 73 teve 40 clubes, 656 jogos, média de 15.460 pagantes por jogo (ainda caindo), 1.202 gols (subindo) e média de 1,83 gols por partida caindo em relação ao ano anterior e igualando-se à do primeiro campeonato). Ramon, do Santa Cruz, foi o artilheiro em 1973, com 21 gols.


PALMEIRAS 0X0 SÃO PAULO, 20/02/1974, Morumbi.

Árbitro – Arnaldo César Coelho (RJ).

Renda – Cr$ 997.860,00; Público – 66.549 pagantes.

Palmeiras - Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo, Leivinha, César e Nei. Técnico – Osvaldo Brandão.

São Paulo – Waldir Peres; Forlan (Nélson), Paranhos, Arlindo e Gilberto; Chicão e Pedro Rocha; Terto, Zé Carlos (Ratinho), Mirandinha e Piau. Técnico – José Poy.


sábado, 8 de agosto de 2020

ACADEMIA DO PALMEIRAS BATE NACIONAL DE 1972



Foto: Blog Mauro Beting

O 2º Campeonato Nacional de Clubes, em 1972, passou de 20 para 26 participantes e os jogos aumentaram para 352. A média de público por jogo caiu para 17.591, mas a de gols foi superior, de 1,83 em 71 para 2,08 em 72, com um total de 731 gols marcados. Outra vez Dario, ainda no Galo, e Pedro Rocha, do São Paulo, dividiram a artilharia, ambos com 17 gols. E o segundo grande campeão brasileiro foi o Palmeiras, a inesquecível Academia de Leão, Dudu, Luís Pereira, Leivinha e Ademir da Guia, com o Botafogo em segundo.

Por ter melhor campanha que o clube carioca, o Palmeiras só precisava do empate naquela tarde de 23 de dezembro, no Morumbi. E mesmo sem o seu centroavante César Lemos – foi suspenso por 7 meses após se envolver em uma briga pelo Campeonato Paulista -, o Palmeiras tomou conta do jogo, envolveu o adversário com toques de bola e lançamentos para os velozes pontas Edu e Nei e só não marcou graças às ótimas defesas de Cao. 

Comandado pelo mestre Osvaldo Brandão, o Palmeiras, que já conquistara, invicto, o Paulistão 72, deu uma aula tática, “amarrou” o Botafogo e foi campeão com inteira justiça, apesar do ilusório 0 a 0 na final. Foram 30 jogos, com 16 vitórias, 10 empates e 4 derrotas, 46 gols a favor e 19 contra. A Academia de 72 era mesmo um timaço: em toda a temporada disputou 79 partidas e só perdeu 5.

 Fonte: Folha do Esporte - 07/02/1992

PALMEIRAS 0X0 BOTAFOGO, 23/12/1972, Morumbi.

Árbitro – Agomar Martins (RS).

Renda – Cr$ 649.445,00; Público – 52.287 pagantes.

Palmeiras – Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu (Zé Carlos) e Ademir da Guia; Edu (Ronaldo), Madurga, Leivinha e Nei. Técnico – Osvaldo Brandão.

Botafogo – Cao; Valtencir, Brito, Osmar Guarnelli e Marinho Chagas; Carlos Roberto e Nei Conceição; Zequinha, Jairzinho, Fischer e Ademir Vicente (Ferretti). Técnicos – Sebastião Leônidas.